Cartas do meu fundo
amontoam-se no mundo
As velas que em mim ardem
são os olhos de quem perdi
Fumo revolta-se
o céu aclara-se
a fé que me deixaram
cai na terra com a dor
Ouço um dia
cheiro a tarde
perdi-me da cor que guia
já não sinto estrada
Tudo é escuro
e sem sentido
o chão duro
e partido
o suor puro
escorrido
queima o futuro
já ardido
E o vento sobe
chove
a lua chora
e cai
o ceu triste e negro
deixa no chão
a vida imensa
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Praia
Chegar e palmilhar a areira
sentir nos lábios a maresia
Os olhos cerrados temem a poeira
os ouvidos rodopiam na poesia
os dedos percorrem a linha do mar
os corações batem desefreados
a lingua parece ficar sem ar
o peito troca recados
O amor enche o céu de vermelho
os pés enrolam-se nas ondas
e os dedos amarrotam-se de velho
Até que toca o sino das lendas
deitas-te e o sol enche-te de calor
e eu guardo-te no meu amor.
sentir nos lábios a maresia
Os olhos cerrados temem a poeira
os ouvidos rodopiam na poesia
os dedos percorrem a linha do mar
os corações batem desefreados
a lingua parece ficar sem ar
o peito troca recados
O amor enche o céu de vermelho
os pés enrolam-se nas ondas
e os dedos amarrotam-se de velho
Até que toca o sino das lendas
deitas-te e o sol enche-te de calor
e eu guardo-te no meu amor.
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Verde
Se ouvires o mundo a vencer
deixa no chão a tua vitória
guarda a derrota no teu ser
e lava os olhos da glória
Se entrares no comboio da desgraça
não leves lágrimas na bagagem
entristece-te em plena farsa
mas brilha-te em sorriso toda a viagem
Não te comovas com o mundo
guarda-te bem no teu interior
não te reveles por um segundo
Faz de ti um verde flor
guarda o vermelho lá no fundo
e ignora se tudo o resto perde a cor
deixa no chão a tua vitória
guarda a derrota no teu ser
e lava os olhos da glória
Se entrares no comboio da desgraça
não leves lágrimas na bagagem
entristece-te em plena farsa
mas brilha-te em sorriso toda a viagem
Não te comovas com o mundo
guarda-te bem no teu interior
não te reveles por um segundo
Faz de ti um verde flor
guarda o vermelho lá no fundo
e ignora se tudo o resto perde a cor
Fado
De dentro de um quarto quadrado
encho de negro todo o meu fado
deixo que se decomponha o estado
e dedilho-me todo num bordado
Do fundo de um crânio fechado
queimo em gasolina todo o meu fado
escondo o me coração recortado
e faço do peito um verde prado
Da réstia de um ser cerrado
faço renascer todo o meu fado
revisto o peito de contraplacado
Do interior de um ser renovado
passa a ser brilhante todo o meu fado
e no caminho não há cor senão dourado
encho de negro todo o meu fado
deixo que se decomponha o estado
e dedilho-me todo num bordado
Do fundo de um crânio fechado
queimo em gasolina todo o meu fado
escondo o me coração recortado
e faço do peito um verde prado
Da réstia de um ser cerrado
faço renascer todo o meu fado
revisto o peito de contraplacado
Do interior de um ser renovado
passa a ser brilhante todo o meu fado
e no caminho não há cor senão dourado
segunda-feira, 28 de maio de 2007
7 segundos
Sem o vento sequer lhes tocar
larga no meu ouvido o teu amor
doce como o amarelo de uma flor
em mil palavras no azul a sibilar
Antes de o sol a vir secar
escreve-me esse teu cheiro
transcreve-mo por inteiro
na areia lambida pelo mar
Deixa que se esconda o luar
e pinta no céu mil corações
com estrelas e constelações
que fiquem sempre a brilhar
Espera que o rio corra devagar
tinge nele o teu luzente reflexo
com todo o teu rosto complexo
e o teu imenso sorriso a navegar
Deixa-te florescer em pleno ar
explode-te agora em mil cores
rodeia-te de divertidas flores
e de mãos dadas deixa-te dançar
Sem o sol as vir respirar
Larga as mãos no meu papel
espalha-as por toda a minha pele
e desenha-as a carvão no meu olhar
Antes que a sombra te decida pisar
deixa-te ficar inteira em mim
fica cá dentro até que o fim
se esqueça que tem de te levar
larga no meu ouvido o teu amor
doce como o amarelo de uma flor
em mil palavras no azul a sibilar
Antes de o sol a vir secar
escreve-me esse teu cheiro
transcreve-mo por inteiro
na areia lambida pelo mar
Deixa que se esconda o luar
e pinta no céu mil corações
com estrelas e constelações
que fiquem sempre a brilhar
Espera que o rio corra devagar
tinge nele o teu luzente reflexo
com todo o teu rosto complexo
e o teu imenso sorriso a navegar
Deixa-te florescer em pleno ar
explode-te agora em mil cores
rodeia-te de divertidas flores
e de mãos dadas deixa-te dançar
Sem o sol as vir respirar
Larga as mãos no meu papel
espalha-as por toda a minha pele
e desenha-as a carvão no meu olhar
Antes que a sombra te decida pisar
deixa-te ficar inteira em mim
fica cá dentro até que o fim
se esqueça que tem de te levar
sexta-feira, 4 de maio de 2007
Conjuga-me
Ouve e rodopia os pés,
deixa no chão o teu amor
pinta-o em flores e estrelas
voa-lhe a cor vermelha.
Dança no meu olhar
dança no meu peito
escreve-te toda em mim
mas lê-me em ti também
Rebusca-me no teu beijo
faz de mim sabor do teu peito
carrega no teu olhar o meu amor
fecha a mão, fecha a mão
e guarda lá sempre o meu cheiro.
Deixa no vento as lágrimas
para que não aclarem o vermelho
deixa-as riscarem-te a cara
desde que intacto o coração.
Faz-te como eu, faz-te minha
faz de mim o teu mundo
faço de mim a tua vida.
deixa no chão o teu amor
pinta-o em flores e estrelas
voa-lhe a cor vermelha.
Dança no meu olhar
dança no meu peito
escreve-te toda em mim
mas lê-me em ti também
Rebusca-me no teu beijo
faz de mim sabor do teu peito
carrega no teu olhar o meu amor
fecha a mão, fecha a mão
e guarda lá sempre o meu cheiro.
Deixa no vento as lágrimas
para que não aclarem o vermelho
deixa-as riscarem-te a cara
desde que intacto o coração.
Faz-te como eu, faz-te minha
faz de mim o teu mundo
faço de mim a tua vida.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Ar-te
Ler-te, Sorrir-te, Falar-te, Gostar-te,
Ver-te, Ansiar-te, Conhecer-te, Gostar-te
Acompanhar-te, Acarinhar-te, Gostar-te
Sufocar-te, Perder-te, ainda assim Gostar-te
Encontrar-te, Olhar-te, Beijar-te, Gostar-te
Respirar-te, Morar-te, Ser-te, Gostar-te
Amar-te, Amar-te.
Ver-te, Ansiar-te, Conhecer-te, Gostar-te
Acompanhar-te, Acarinhar-te, Gostar-te
Sufocar-te, Perder-te, ainda assim Gostar-te
Encontrar-te, Olhar-te, Beijar-te, Gostar-te
Respirar-te, Morar-te, Ser-te, Gostar-te
Amar-te, Amar-te.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Coro Fúnebre
Há uma espécie de jardim
com mármores esculpidas
no chão cresce uma erva ruim
as árvores todas torcidas
E do portão não se vê o fim
As estátuas parecem perdidas
Com os pés cercados de alecrim
As suas caras tão sofridas
parecem fazer um motim
As campas parecem cuspidas
directamente do infernal festim
Destoa um anjo de asas estendidas
Suas vestes parecem cetim
Aos pés crescem-lhe margaridas
E sete flores carmim
As suas mãos bem polidas
Seguram bem alto um clarim
À sua volta as jazidas
parecem cantar assim:
"Vinde até à vossa morte
desisti de toda a sorte
Atirem-se no buraco do mundo
Que vos enterram num segundo"
com mármores esculpidas
no chão cresce uma erva ruim
as árvores todas torcidas
E do portão não se vê o fim
As estátuas parecem perdidas
Com os pés cercados de alecrim
As suas caras tão sofridas
parecem fazer um motim
As campas parecem cuspidas
directamente do infernal festim
Destoa um anjo de asas estendidas
Suas vestes parecem cetim
Aos pés crescem-lhe margaridas
E sete flores carmim
As suas mãos bem polidas
Seguram bem alto um clarim
À sua volta as jazidas
parecem cantar assim:
"Vinde até à vossa morte
desisti de toda a sorte
Atirem-se no buraco do mundo
Que vos enterram num segundo"
sexta-feira, 13 de abril de 2007
Aconteço-te 7 Vezes
Encontrar-te assim minha
como se eu te moldasse
Seres o que queria e não tinha
ver tudo o que desejo na tua face
Trazeres no peito o meu sabor
Fazeres do meu o teu olhar
Sorrires sempre o meu amor
Pores no teu céu o meu luar
Encontrar-te assim em mim
como se encontra um gosto
descobrir-te no meu fim
reconhecer-te no meu rosto
Falar-te com a voz do meu peito
Explicar-te uma vida em momentos
Mostrar-te como sou imperfeito
Sem receio de julgamentos
Nunca largo da memória
A noite em que me abriste a porta
Em que a tua paixão foi notória
Em que me julguei gaivota
E ainda hoje te guardo
Aquele primeiro beijo
denunciador do nosso fado
prenunciador do nosso desfecho
Fazemo-nos assim por inteiro
Construimo-nos sem medo
Damos passos sem pensar no primeiro
Brilhamos o amor do segredo
como se eu te moldasse
Seres o que queria e não tinha
ver tudo o que desejo na tua face
Trazeres no peito o meu sabor
Fazeres do meu o teu olhar
Sorrires sempre o meu amor
Pores no teu céu o meu luar
Encontrar-te assim em mim
como se encontra um gosto
descobrir-te no meu fim
reconhecer-te no meu rosto
Falar-te com a voz do meu peito
Explicar-te uma vida em momentos
Mostrar-te como sou imperfeito
Sem receio de julgamentos
Nunca largo da memória
A noite em que me abriste a porta
Em que a tua paixão foi notória
Em que me julguei gaivota
E ainda hoje te guardo
Aquele primeiro beijo
denunciador do nosso fado
prenunciador do nosso desfecho
Fazemo-nos assim por inteiro
Construimo-nos sem medo
Damos passos sem pensar no primeiro
Brilhamos o amor do segredo
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Sobre Voar-te
No manto branco que te cobre o corpo
Desenho flores e corações com beijos
A minha felicidade corre num sopro
E nos meus olhos brilham desejos
O vento que te sopra o rosto e a fonte sombria
Espalha-te o frio por toda a tua pele quente
Enche-te os braços de pontilhados e arrepia
Traz os meus dedos de volta ao teu presente
O sol aquece-te então com o meu calor
Rebenta-te o sorriso como numa flor
Trabalha-te o peito com o meu amor
Rebola pelas costas uma fina gota de suor
Enchem-se as mãos de um fingido pudor
E num inteiro abraço se amarra o torpor
Desenho flores e corações com beijos
A minha felicidade corre num sopro
E nos meus olhos brilham desejos
O vento que te sopra o rosto e a fonte sombria
Espalha-te o frio por toda a tua pele quente
Enche-te os braços de pontilhados e arrepia
Traz os meus dedos de volta ao teu presente
O sol aquece-te então com o meu calor
Rebenta-te o sorriso como numa flor
Trabalha-te o peito com o meu amor
Rebola pelas costas uma fina gota de suor
Enchem-se as mãos de um fingido pudor
E num inteiro abraço se amarra o torpor
terça-feira, 27 de março de 2007
Suor Frio
Do meu esforço
Custa mas eu tento
o nó no pescoço
o tremer lento
Apago a face
corto os dedos
espero que passe
não penso nos medos
Engulo nada
Busco o sorriso
a voz quebrada
o rosto liso
Vou conseguir
pintar-me de branco
não parar de sorrir
ver só o encanto
Não tremo mais
respiro outra vez.
Custa mas eu tento
o nó no pescoço
o tremer lento
Apago a face
corto os dedos
espero que passe
não penso nos medos
Engulo nada
Busco o sorriso
a voz quebrada
o rosto liso
Vou conseguir
pintar-me de branco
não parar de sorrir
ver só o encanto
Não tremo mais
respiro outra vez.
sexta-feira, 23 de março de 2007
Enche-me
De abraços e beijos
de felicidade e alegria
dos meus caprichos e desejos
de brincadeiras e fantasia
De olhares e sorrisos
de festas e carinhos
de dedos indecisos
e mãos que dão miminhos
De amizade e amor
Enche-me aqui e agora
de ti e do teu calor
Enche-me sem demora
do teu cheiro, do teu suor
Enche-me dentro e fora.
de felicidade e alegria
dos meus caprichos e desejos
de brincadeiras e fantasia
De olhares e sorrisos
de festas e carinhos
de dedos indecisos
e mãos que dão miminhos
De amizade e amor
Enche-me aqui e agora
de ti e do teu calor
Enche-me sem demora
do teu cheiro, do teu suor
Enche-me dentro e fora.
quinta-feira, 22 de março de 2007
Som
Roda sob o tecto
Rasga-se, rasga-se
o ruído redondo
parece que está perto
rompe-se, rompe-se
e desliza até ao fundo
Um tambor incerto
ouve-se, ouve-se
e dura só um segundo
ribomba grave e secreto
teme-se, teme-se
como um respirar profundo
Um agudo inquieto
estala-se, estala-se
contra o mundo
um ruido completo
cala-se, cala-se
num silêncio fecundo
Rasga-se, rasga-se
o ruído redondo
parece que está perto
rompe-se, rompe-se
e desliza até ao fundo
Um tambor incerto
ouve-se, ouve-se
e dura só um segundo
ribomba grave e secreto
teme-se, teme-se
como um respirar profundo
Um agudo inquieto
estala-se, estala-se
contra o mundo
um ruido completo
cala-se, cala-se
num silêncio fecundo
terça-feira, 20 de março de 2007
Morte Colorida
Há um preto, um azul
há um escuro a sul
Há um estertor
aterrorizante, de dor
Um anuncio de morte
há um vermelho, um corte
Dança de sapatos lacados
os peitos num corpete, apertados
A saia grande ondula larga
a barriga vê-se amarela, amarga
O cabelo ao vento, verde
a boca de branco, cheia de sede
Tem um olhar assassino nos olhos
mil facas escondidas nos folhos
Tem as unhas pintadas de roxo
no ombro pendura-se um mocho
e da boca sai-lhe a voz que lembra o fim
e numa linguagem podre diz assim:
"Aqui ninguém vive, nem sente
aqui ninguém fala nem mente
ninguém sorri, ninguém ri nem chora
aqui ninguem dorme, come ou mora
aqui o vento não chega nem vai
e a morte daqui não sai!"
há um escuro a sul
Há um estertor
aterrorizante, de dor
Um anuncio de morte
há um vermelho, um corte
Dança de sapatos lacados
os peitos num corpete, apertados
A saia grande ondula larga
a barriga vê-se amarela, amarga
O cabelo ao vento, verde
a boca de branco, cheia de sede
Tem um olhar assassino nos olhos
mil facas escondidas nos folhos
Tem as unhas pintadas de roxo
no ombro pendura-se um mocho
e da boca sai-lhe a voz que lembra o fim
e numa linguagem podre diz assim:
"Aqui ninguém vive, nem sente
aqui ninguém fala nem mente
ninguém sorri, ninguém ri nem chora
aqui ninguem dorme, come ou mora
aqui o vento não chega nem vai
e a morte daqui não sai!"
domingo, 18 de março de 2007
Rasga-me
Lágrimas,
negras como corvos
dedos tremem,
como ramos nus ao vento
culpa, em
labaredas chega à garganta
dor, alimenta a fogueira
que me queima o peito
negras como corvos
dedos tremem,
como ramos nus ao vento
culpa, em
labaredas chega à garganta
dor, alimenta a fogueira
que me queima o peito
terça-feira, 13 de março de 2007
Poesia Primavera
Cheira a um novo dia,
Aquele que te anuncia
Cheira a calor e ao teu amor
Cheira à gota de suor
Que escorre do teu pescoço
Cheira a Março
A Abril e a Maio
Cheira ao voo de um papagaio
Levado pelo vento
Cheira a cimento
Lavado pela chuva
Cheira a relva
enxuta pelo sol
Cheira a flores,
cheira a mil cores,
cheira a verde e a vermelho,
cheira a joaninhas e abelhas
Cheira a andorinhas e pardais
empoleirados em estendais
Cheira a florestas
e borboletas
cheira a jardins
de orquideas e jasmins
Cheira ao castanho dos teus cabelos
cheira a casinhas de cogumelos
cheira a sandálias e corsários
cheira ao som de fontanários
Cheira a saias rodadas
cheira a duendes e fadas
Cheira aos teus beijos
cheira a espreguiçar e a bocejos
Cheira a tudo
Cheira a ti
Aquele que te anuncia
Cheira a calor e ao teu amor
Cheira à gota de suor
Que escorre do teu pescoço
Cheira a Março
A Abril e a Maio
Cheira ao voo de um papagaio
Levado pelo vento
Cheira a cimento
Lavado pela chuva
Cheira a relva
enxuta pelo sol
Cheira a flores,
cheira a mil cores,
cheira a verde e a vermelho,
cheira a joaninhas e abelhas
Cheira a andorinhas e pardais
empoleirados em estendais
Cheira a florestas
e borboletas
cheira a jardins
de orquideas e jasmins
Cheira ao castanho dos teus cabelos
cheira a casinhas de cogumelos
cheira a sandálias e corsários
cheira ao som de fontanários
Cheira a saias rodadas
cheira a duendes e fadas
Cheira aos teus beijos
cheira a espreguiçar e a bocejos
Cheira a tudo
Cheira a ti
segunda-feira, 12 de março de 2007
Oração
Que a tua pele encerre sempre os meus lábios.
Que o teu olhar guarde sempre o meu reflexo.
Que a minha mão te traga sempre a meu lado.
Que o meu calor te seja sempre preciso.
Que a tua boca me sussurre sempre carinho.
Que o teu peito grite sempre por mim.
Que a minha lágrima seja sempre da tua felicidade.
Que o meu beijo seja sempre o teu acordar.
Que a tua vida me traga sempre na preocupação.
Que o teu peito grite sempre o meu amor.
Amen
Que o teu olhar guarde sempre o meu reflexo.
Que a minha mão te traga sempre a meu lado.
Que o meu calor te seja sempre preciso.
Que a tua boca me sussurre sempre carinho.
Que o teu peito grite sempre por mim.
Que a minha lágrima seja sempre da tua felicidade.
Que o meu beijo seja sempre o teu acordar.
Que a tua vida me traga sempre na preocupação.
Que o teu peito grite sempre o meu amor.
Amen
quinta-feira, 8 de março de 2007
Soneto de Saudade
Precisava só do teu olhar
que me batesses um qualquer defeito
da tua mão a aquecer-me o peito
do teu cheiro a guiar o meu andar.
Precisava só de voar
alcançar-te de qualquer jeito
tirar da frase o sujeito
e ser amor em vez de o falar
Quero-te já mil abraços
quero ter os teus olhos sábios
a mostrarem-me o que perdi
Rodopiar-te nos meus braços,
sentir o sabor dos teus lábios,
largar-me todo em ti.
que me batesses um qualquer defeito
da tua mão a aquecer-me o peito
do teu cheiro a guiar o meu andar.
Precisava só de voar
alcançar-te de qualquer jeito
tirar da frase o sujeito
e ser amor em vez de o falar
Quero-te já mil abraços
quero ter os teus olhos sábios
a mostrarem-me o que perdi
Rodopiar-te nos meus braços,
sentir o sabor dos teus lábios,
largar-me todo em ti.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Sensação
O sabor da tua pele
para sempre
gravado em mim
sabes-me a mel
ao futuro e ao presente
sabes a orquideas e jasmim
O cheiro dos teus cabelos
nunca deixa
as minhas narinas
cheiras a cogumelos
dôce de ameixa
romãs e tangerinas
O calor do teu abraço
nunca me larga
o centro do coração
aperta-me como um laço
como um uniforme, como uma farda
que uso por amor,não por obrigação.
O som do teu sussurrar
toca continuo
no meu ouvido
como o som de asas a voar
como o vibrar divino
ou o riso de um recem nascido
O brilho do teu olhar
fica cravado
no meu sorriso
sabe a noites de luar
montado num cavalo alado
que voa sobre o paraíso
para sempre
gravado em mim
sabes-me a mel
ao futuro e ao presente
sabes a orquideas e jasmim
O cheiro dos teus cabelos
nunca deixa
as minhas narinas
cheiras a cogumelos
dôce de ameixa
romãs e tangerinas
O calor do teu abraço
nunca me larga
o centro do coração
aperta-me como um laço
como um uniforme, como uma farda
que uso por amor,não por obrigação.
O som do teu sussurrar
toca continuo
no meu ouvido
como o som de asas a voar
como o vibrar divino
ou o riso de um recem nascido
O brilho do teu olhar
fica cravado
no meu sorriso
sabe a noites de luar
montado num cavalo alado
que voa sobre o paraíso
quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Quinto
Toca, e treme
brilha e chora
passa e parte
em dois, em três,
em mil pedaços
que doem demais.
Dor, sofro, sopro e morro
em ti, em mim,
em nós.
Ele vem e explica-me
Explica-me a dor.
Ele vem e sorri-me
Ele, o Amor.
brilha e chora
passa e parte
em dois, em três,
em mil pedaços
que doem demais.
Dor, sofro, sopro e morro
em ti, em mim,
em nós.
Ele vem e explica-me
Explica-me a dor.
Ele vem e sorri-me
Ele, o Amor.
sábado, 20 de janeiro de 2007
Já não sei
Já não sei adormecer
se não me fechas os olhos
Já não sei escrever
se não te tiver nos dedos
Já não sei andar
se não me seguras a mão
Já não sei respirar
se não me apertas o coração
Já não sei ver
se não te tiver no meu olhar
Já não sei ser
se não te pensar
Já não sei os dias
se não me abraçares
se não me fechas os olhos
Já não sei escrever
se não te tiver nos dedos
Já não sei andar
se não me seguras a mão
Já não sei respirar
se não me apertas o coração
Já não sei ver
se não te tiver no meu olhar
Já não sei ser
se não te pensar
Já não sei os dias
se não me abraçares
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
Em ti
No fundo dos teus olhos
voam pássaros de branco
pousa-se um sol vermelho
ecoam agudos de piano
No timbre da tua voz
soltam-se palavras em prata
correm risos de água
escondem-se sussurros de açúcar
No sabor dos teus lábios
vivem crianças a sorrir
crescem orquídeas em molho
tricotam-se carícias de lã
No cheiro do teu pescoço
explodem desejos de chocolate
emanam saudades de mil anos
criam-se laços de tecido cor-de-rosa
No calor do teu abraço
roda o mundo num segundo
florescem sorrisos de cristal
nasce o meu coração
voam pássaros de branco
pousa-se um sol vermelho
ecoam agudos de piano
No timbre da tua voz
soltam-se palavras em prata
correm risos de água
escondem-se sussurros de açúcar
No sabor dos teus lábios
vivem crianças a sorrir
crescem orquídeas em molho
tricotam-se carícias de lã
No cheiro do teu pescoço
explodem desejos de chocolate
emanam saudades de mil anos
criam-se laços de tecido cor-de-rosa
No calor do teu abraço
roda o mundo num segundo
florescem sorrisos de cristal
nasce o meu coração
sexta-feira, 5 de janeiro de 2007
Inefável
Sorrio hoje um sol de Junho,
porque me fizeste a felicidade nos olhos
porque me trouxeste o calor no peito
porque me desenhas corações nos dedos
porque me deixas rosas no cheiro.
Assobio hoje um pássaro em Março
porque te sei assente no meu coração
porque te vejo em toda a parte
porque te beijo a cada instante
porque te trago no olhar
Sonho hoje uma nuvem de Dezembro
porque nos acolhe o calor do nosso mundo
porque nos enche a alegria dos momentos
porque nos sorri o futuro de mãos dadas
porque nos sabe tão bem o algodão doce
Fica hoje nos meus braços
porque o mundo que te gosto
me doi com cada milimetro
que o teu coração se afasta.
porque me fizeste a felicidade nos olhos
porque me trouxeste o calor no peito
porque me desenhas corações nos dedos
porque me deixas rosas no cheiro.
Assobio hoje um pássaro em Março
porque te sei assente no meu coração
porque te vejo em toda a parte
porque te beijo a cada instante
porque te trago no olhar
Sonho hoje uma nuvem de Dezembro
porque nos acolhe o calor do nosso mundo
porque nos enche a alegria dos momentos
porque nos sorri o futuro de mãos dadas
porque nos sabe tão bem o algodão doce
Fica hoje nos meus braços
porque o mundo que te gosto
me doi com cada milimetro
que o teu coração se afasta.
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