terça-feira, 6 de dezembro de 2005

O teu cheiro na minha mão

A noite cai sobre mim
pesada, angustiante.
De repente tu desapareces.
Escondes-te na distância que nos separa
abandonas-me neste frio da morte.

E eu não te posso tirar daí,
por muito que esbraceje,
grite e chore tu recusas-te a sair
dessa indiferença que vestes diariamente.
Não posso de deixar de me sentir triste.
Claro que gosto de ti,
e sei que tu me devolves o sentimento,
mas porque me ignoras assim?
Não quero assim.

Sabes o que queria mesmo?
Que perdesses o medo,
podias perdê-lo para construirmos tudo.
Fazer um boneco de neve os dois,
um castelo na areia.
Fazermos algo, os dois, em conjunto.

Sentir o teu cheiro na minha mão por tu nunca a largares,
arderem-me os lábios por não parar de te beijar,
sorrir cada vez que visse um beijo
por saber que só eu te posso amar,
mudar o teu rótulo para que nunca mais duvidar.

Só queria que me ajudasses, eu n posso fazer tudo sozinho.
Perde o medo, vamos construir uma casa na noite,
talvez assim não tivessemos frio!

Vem dançar

Foi minha a culpa?
Fui eu que destrui
aquilo que eu proprio fiz?
nunca fui para ti
o que sempre quis.
Terei percebido tarde
o que cedo foi evidente?
enquanto o teu sorriso mentia
o olhar fugia indiferente
escondendo de mim
o que todo o mundo via.
A paixão cegou-me a vista
distorceu-me a razão
e se por segundos via a verdade
fugia dela a correr
por saber que me era tão triste.


Ainda te vejo quando adormeço
o teu nome ainda me acorda
mesmo sabendo que não te mereço.
Ainda quero o teu sorriso,
vou fazê-lo verdadeiro
e colar o teu olhar
bem perto do meu beijo.

O passado foi tão negro
tão cheio de olhos molhados
de desilusão e sofrimento
das lagrimas geladas que corriam livremente.
Vamos fazer do futuro um nvo momento
uma nova historia, um novo filme
sem pianos graves e flautas cortantes
só com guitarras de notas voadoras
e com os nossos corações a tocar
baterias vermelhas em conjunto
em harmonia desta vez.

Ainda te vejo quando adormeço
o teu nome ainda me acorda
mesmo sabendo que não te mereço.
Ainda quero o teu sorriso,
vou fazê-lo verdadeiro
e colar o teu olhar
bem perto do meu beijo.

Vem então dançar na nova madrugada
que o sol apaga a dor da noite gelada.

Mais para ti

A noite traz-te para mim
e eu não quero que saias do meu lado
Tu marcas na minha mão
um desenho amargo
mas eu sorrindo sem medo
cravo um sonho calado
no centro do teu coração.


Quero ser mais para ti,
quero os teus olhos nos meus
e mesmo quando me virar
saber que nunca os perdi.
Trazer no peito os teus lábios,
na cabeça a tua voz
encontrar em cada esquina
um mundo feito por nós.


Porquê pedir o fogo ardente
quando podemos construir um amor diferente.
Vamos esquecer o conceito
e viver a nossa história,
não deixar que o mundo faça
o que só a nós diz respeito.

Quero apenas que me olhes
mesmo quando o olhar me dá sofrer
se não fizesse não eras minha
e eu não mais podia ver.
A dor não receio nem temo
só a tua ausência me faz morrer.


Quero ser mais para ti,
quero os teus olhos nos meus
e mesmo quando me virar
saber que nunca os perdi.
Trazer no peito os teus lábios,
na cabeça a tua voz
encontrar em cada esquina
um mundo feito por nós.

Se vieres sempre com magia
a noite voltará sempre a ser dia
As feridas serão tatuagens
que o amor tornou em mensagens.
Não fujas com medo da dor
porque só ela faz o amor.