sábado, 29 de maio de 2010

Papoilas, de mim.

Das mãos férteis e cansadas
dos olhos salgados e escuros
da boca seca e ansiosa
dos pulmões inquietos e melancólicos
de mim cansado e apagado
não nasce nada
se não papoilas selvagens
de versos vermelhos

dos dedos agitados e sonhadores
do olhar brilhante e atento
do sorriso quente e claro
do coração animado e feliz
crescem rúbeas papoilas
de versos selvagens

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sono infinito

Deste vento da madrugada
Nasço rápido como a luz
Para vir cantar ao mundo fresco
Palavras do meu sonho
Descanso breve e pequeno do corpo
Êxtase cansativo da alma.
Sonho num sono silente e sossegado
Sonho só
Sono infinito

sábado, 22 de maio de 2010

AICAI XXIII

o vento sopra
na madrugada calma
dos teus cabelos

sexta-feira, 21 de maio de 2010

AICAI XXII

num rio lavado
da água que corre só
nasce a alma

AICAI XXI

apetece-me
sem sombra de vergonha
chorar um rio

quinta-feira, 20 de maio de 2010

AICAI XX

ponto por ponto
descrever-te apenas
a primavera

AICAI XIX

ver-te florescer
apaixonadamente
deixa-me sorrir

sexta-feira, 14 de maio de 2010

AICAI XVIII

levanta-se na
manhã fresca de maio
o infinito