sábado, 29 de maio de 2010

Papoilas, de mim.

Das mãos férteis e cansadas
dos olhos salgados e escuros
da boca seca e ansiosa
dos pulmões inquietos e melancólicos
de mim cansado e apagado
não nasce nada
se não papoilas selvagens
de versos vermelhos

dos dedos agitados e sonhadores
do olhar brilhante e atento
do sorriso quente e claro
do coração animado e feliz
crescem rúbeas papoilas
de versos selvagens