sexta-feira, 27 de novembro de 2009

sou aquilo que o mundo me fez

do preto que visto
A alma
Sou negro de saudade
Sou praxe que rói
sem calma
Sou filho da
Faculdade
Nunca escrevi
Poemas de 
Amor
Hoje escrevo poemas
De dor
Preto do fado
Académico
Preto de 
Fado 
Praxistico.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eléctrica Solidão



aqui,
no mundo
inteiro
sinto-me
tão

Fé Velha


ofusca-me
tudo o que
tens de
significar.
simplifica-te,
simplifica-me.

Terreiro do Sol










aquece-me

o pensamento de
um sol
quente
para nós os dois.

Cromatografia


espalha-te
sobre o pôr-do-
-sol do
meu peito

Raizes de pedra


da lei
da vida que
somos
temos que
deixar de
ser.

Alcançando as Estrelas

feliz,
no tempo
de o ar
me segurar,
no céu.

Pescando Laranja


esquece o sol
tudo é
isto
que é
nossso

Senta-te aí







deixa-me
olhar-te, só
bonita

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Passeio

Talvez uma estrada
preta, muito escura
uma mochila carregada
verde, muito escura

Pés talvez caminhando
cansados, de andar
uns olhos chorando
cansados, de amar

Mãos cortadas talvez
invisiveis, quem sabe
recolhidas de vez

Nevoeiro certamente
cerrado, fechado, molhado
magoado, como eu
Sem dias
Cem dias
Fechados num tempo
Diferente
Um momento
silente

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

É como ter-vos sempre comigo

父母
キカ

É como te ter sem te sentir

Às vezes,
por trás de um
sorriso pequeno,
ou de um olhar
claro
sinto ainda
os teus olhos,
segurando o teu
sorriso ao mundo,
e sorrio-te de
lágrimas no peito,
kika.

É como sentir que te tenho

Às vezes de noite,
quando me cubro,
com os lençóis para
dormir,
fecho os olhos,
e sinto o teu beijo,
sobre mim,
mãe.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Esqueci-me de parar o trapézio 
De onde me esqueço que balanço
Se parar para pensar
Caio na rede que não tenho

Fecho as mãos neste cilindro
Cheias de pó e suor dos dias
Em que me deixo balançar 
em que deixo de respirar

Para sentir isto que sinto 
Para voar sobre o infinito
De onde escrevo a medo
Este som de pequenino

Tshec!

Posso parar
agora
de vez
desta vez
Num papel
rodeado de branco
Uma pollaroid
feita de mim 

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

É como sentir que não te tenho

As vezes, quando entro
na minha casa vazia
penso que vou encontrar
atras da porta de madeira
o teu abraço,
pai