Nesta hora de sono avançado sobre a cabeça
queria talvez guardar em plástico selado
a memória de hoje como um dia normal
para me poder ver hoje em plástico selado
Mandem parar o tempo para que possa regressar
e gritar-me aos ouvidos
tudo o que deveria fazer.
Queria-me gritar tanta coisa de ontem
grito-me devagarinho, num desenho lento
sem cor nem feitio
que se vai esbatendo na claridade
que amarelece a fotografia de mim.
Este sou eu hoje.
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