segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

caderno

olhos fechados na alma enregelada
dedos fechados na palma amedrontada
choro fechado na calma foçada
coração trancado no tempo

eu na sala fechada de mim
sala plena de silêncio
silêncio acordado sonolento

vou segurando um lápis amarelo
não como uma espada
mas como um lenço
cheio de lágrimas e mágoa.
Sou um poeta forte
mas a poesia não é uma luta.
Só a vida.

1 comentário:

Camélia disse...

Alma enregelada e coração trancado no tempo, sem dúvida alguma comuns ao meu ser ;)