segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Criar

um som tão claro
como a fala seca
das folhas castanhas
que caem douradas

uma dança tão límpida
como o primeiro ondular
das papoilas de Abril

uma imagem tão transparente
como o sol
a incediar o mar
no final da praia

um filme tão puro
como a neve derretida
escorre atentamente
de uma caleira enferrujada

criar a beleza de um mundo inteiro
num só sopro abafado dos meus dedos
contra as letras.

2 comentários:

Anónimo disse...

És um grande poeta!!...
mamy

styska disse...

cada poema é uma viagem.
tu és a beleza de um mundo inteiro*