De costas voltadas á cidade
lembro-me dos anos passados
deixo cair em mim a saudade
sorrio ainda de olhos molhados
Flutua no vento a efemeridade
amontoam-se no chão voos falhados
ouve-se ao longe a voz da amizade
choro ainda de lábios esticados
Pesa-me nos ombros ainda a idade
que me agarra de dedos cravados
e deixa no ar o cheiro da verdade
Vejo-vos agora de olhos fechados
espero paciente a nova claridade
e o calor de um verão de dias ousados
2 comentários:
Também as minhas este ano foram dessa qualidade. Sardinhas de saudade. Deve ser por isso que só comi uma. Saudade, já eu tenho demais.
[tenho saudade de mim antes da tristeza]
Ver o essencial...
Sentir asas e não pesos em terra...
viver!!
mamy
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