quarta-feira, 24 de junho de 2009

Sardinhas de saudade

De costas voltadas á cidade
lembro-me dos anos passados
deixo cair em mim a saudade
sorrio ainda de olhos molhados

Flutua no vento a efemeridade
amontoam-se no chão voos falhados
ouve-se ao longe a voz da amizade
choro ainda de lábios esticados

Pesa-me nos ombros ainda a idade
que me agarra de dedos cravados
e deixa no ar o cheiro da verdade

Vejo-vos agora de olhos fechados
espero paciente a nova claridade
e o calor de um verão de dias ousados

2 comentários:

Gui disse...

Também as minhas este ano foram dessa qualidade. Sardinhas de saudade. Deve ser por isso que só comi uma. Saudade, já eu tenho demais.


[tenho saudade de mim antes da tristeza]

Anónimo disse...

Ver o essencial...
Sentir asas e não pesos em terra...
viver!!
mamy