terça-feira, 16 de junho de 2009

Rua da Inquietude

Quieto, inquieto-me
volvo ao sal
e ao negro de dias passados
o presente sabe-se mal,
a dias envenenados

falta talvez hoje
para que chegue amanha
para que chegue de hoje
e possa ser amanhã

Inquieto, acalmo-me
de choro na mão
as pestanas molhadas de mais
no peito ainda pesa o sal
e o olhar queda-se igual

falta talvez o calor
para que chegue a calma
para que chegue de ardor
que já me sufoca a alma

1 comentário:

Anónimo disse...

Meu poeta favorito,

A tua poesia tem muito sentimento!
Gosto de a ler e tentar dar-lhe as minhas interpretações. É interrogativa e absorvente, é comovente e intima. É tua, mas agora também é minha é de todos que a leêm.

mamy