domingo, 17 de maio de 2009

Praça

A cidade cinzenta afigura-se
aos pés de gente sem caminho

De costas viradas ao céu
Inclinam-se as cabeças
e olhos, no chão

De medos cobertos em breu
Inclinam-se incertezas
e gelo, no coração

A cidade ao contrário
Engendrada sem edifícios
Um rio perdido no tempo
uma calçada perdida, na água

Uma ilha de gente e cimento
um choro, um constante lamento
sem olhar, vazio por dentro
perdido nos dias, no tempo

3 comentários:

styska disse...

gosto :)

Sílvio disse...

ao mesmo tempo que lia, via imagens da minha cidade.

Anónimo disse...

Um dia tens que reunir todos os teus versoso e candidatar-te ao prémio revelação ou melhor ao prémio Manuel Alegre.
Com este poema mostras que tens dons.
Gostei muito, muito. Não pares.
Parabéns!

Mamy