A cidade cinzenta afigura-se
aos pés de gente sem caminho
De costas viradas ao céu
Inclinam-se as cabeças
e olhos, no chão
De medos cobertos em breu
Inclinam-se incertezas
e gelo, no coração
A cidade ao contrário
Engendrada sem edifícios
Um rio perdido no tempo
uma calçada perdida, na água
Uma ilha de gente e cimento
um choro, um constante lamento
sem olhar, vazio por dentro
perdido nos dias, no tempo
3 comentários:
gosto :)
ao mesmo tempo que lia, via imagens da minha cidade.
Um dia tens que reunir todos os teus versoso e candidatar-te ao prémio revelação ou melhor ao prémio Manuel Alegre.
Com este poema mostras que tens dons.
Gostei muito, muito. Não pares.
Parabéns!
Mamy
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