De dentro surge a ideia
De fora o tempo esbate-lhe
perdê-la para sempre na teia
ou deixar que se espalhe
No meu corpo de ideias surradas
Na minha cabeça de mãos amarradas
O esquecimento da lembrança
de escrever ainda criança.
Tirar de mim o prazer
de finalmente me ler
Falta-me o papel impresso
o texto a negro num fundo branco
o titulo de espanto
o livro de regresso
Quero-me ver nas livrarias,
quero sentir-me artista
para que exista
para essa cadeira que dizias
Poemas sem um poeta
como saídos de uma mãe incerta
Orfãos de pai e papel
Fartos de um mundo cruel
Poemas de um bandido
Que canta só e perdido
Coberto de penas e alcatrão
Á espera de uma só mão
3 comentários:
a cadeira está lá à tua espera.
É muito belo este poema. Tem sonoridade, ritmica, harmonia, tem sentimento. Muitos parabéns!!!!
Gosto muito, muito, muito...
Mamy
pensei que já tinha comentado este...gostei muito imenso sabes?
Também te quero ver nas livrarias, ansiosa por isso:)
Rei.
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