De ferro a cadeira negra que me sento
o cheiro vermelho desfaz-me por dentro
vermelho ferrugento de um tempo escuro
onde o amor com medo fugiu para o futuro
Os pés descalços que tocam o gelo cinzento
o relógio deixa escorrer um respirar lento
imagino falhas que façam cair este muro
que me levem para algum sitio seguro
tenho medo mas já não o tenho
quero explodir mas já não quero
fujo neste instante mas já não fujo
já não sou nada mas quero ser tudo
tudo o que sou nada me ajuda
nada muda tudo o que é
1 comentário:
vim ler, desta vez sem preconceitos, sem tretas de dissociações.
vim ler. só.
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