terça-feira, 18 de novembro de 2008

Estática

Os dedos voltam a fazer sentido
Escrever entre esta estática
Escutar este e cada estalido
Estática, estática, estática
Expirar de dentro este ruido
Subir descer respirar a estática

Poeirento, sujo, escondido
Vejo estrelas na estática
Esperando vejo-me perdido
A voar o cinzento da estática
Serpenteia dentro do ouvido
Eterna e permanente estática

O silêncio para sempre perdido
De tanto navegar esta estática
O som incolor ficou desenxabido
Sente-se até no peito a estática
A desfazer o coração já moído

3 comentários:

Gui disse...

Sabes o que eu desejo?
Que os dedos nunca deixem de fazer sentido.
Que escrevas sempre, tudo.
Que estejas sempre aqui, por entre as linhas.
Em verso, em prosa, em círculos.
Que nunca partas.


(e que continues a gostar dos meus comentários)

Anónimo disse...

Coração meu teu,

Gosto de sentir que sabes que a vida é poesia na sua essência. Para isso é necessário perceber, para sentir deixando-nos fundir em tudo o que nos chega pelas sentações. O mesmo é dizer para encontrar poesia em tanta coisa que vemos, que temos, que nos chega através da natureza nas mais diversas formas e situações, temos que nos disponibilizar quer interiormente quer em tempo para as perceber no seu todo. Essa fusão é sempre poesia, que estão ao nosso alcance sempre que quisermos.

Amo-te muito filho,

Mamy

Anónimo disse...

Ja batia saudades.
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