Apareceste-me depois de alguns meses de silêncio. A tua
aparência de bebida fresca e simples de verão enganou-me de
novo e deixei-te entrar com todo o sorriso. Sentaste-te e
sentamo-nos, sorrindo o sol. Era sol, eras sol. Ainda.
Conversamos, ouvi-te e repeti-te, sabendo algumas palavras
de cor. Ainda. O teu sorriso de piano ia-se espalhando pelo
ar, e como um acenar de lenço largas desenfreada a partir-me
todos os cristais, vidros e janelas. Fecho os olhos com medo
dos vidros. Canto com a boca fechada de vergonha.
Tu espalhas cacos pelo chão, sem sinais de parar. Ainda. Fecho os olhos
respiro fundo, e tu fecha-los comigo e respiras sem mim. Voltaste,
e desta vez trouxeste as letras contigo. A altura é que talvez não seja a melhor.
Ainda. Talvez se arranje. Talvez te escreva. Ainda.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
ainda que chôva
Se te esquecesses de mim
com a mão ainda na minha
se te esquecesses e largasses no chão
a minha mão perdida
se tudo isso se passasse num sonho
ainda assim terias tu desculpas para me dar?
de sorriso aberto no ar
com a noite a carregar-me nos ombros?
se a chuva fosse minha
abrias-me o guarda-chuva vermelho
que nos esquecemos em casa?
com a mão ainda na minha
se te esquecesses e largasses no chão
a minha mão perdida
se tudo isso se passasse num sonho
ainda assim terias tu desculpas para me dar?
de sorriso aberto no ar
com a noite a carregar-me nos ombros?
se a chuva fosse minha
abrias-me o guarda-chuva vermelho
que nos esquecemos em casa?
quarta-feira, 8 de junho de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
fogo
há uma pedra na garganta
que me faz gritar
há um dia depois do dia
há vozes que sobem no ar
um vento infinito que nos venda
há sal, demasiado sal
e o sangue pressurizado
pinta de vermelho
o já vermelho cenário
fogo, um fogo devastador
que nos aquece, mais do que nos queima
que nos queima demais
mas nos une no infinito.
que me faz gritar
há um dia depois do dia
há vozes que sobem no ar
um vento infinito que nos venda
há sal, demasiado sal
e o sangue pressurizado
pinta de vermelho
o já vermelho cenário
fogo, um fogo devastador
que nos aquece, mais do que nos queima
que nos queima demais
mas nos une no infinito.
domingo, 19 de dezembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
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