quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Fazer voar nos meus dedos
uma fénix de papel,
enquanto no ar voa um piano
de notas tímidas. De negro
nas mãos escrevo a carvão
desenhos de flores pretas
no branco. O cabelo ondula
no vento, tempo de o cortar.
O vento, o tempo, o cabelo pode ficar.
Inquieto respiro silente.
Faço parar o tempo,
faço parar o vento,
deixo o cabelo no ar.
Fecho os olhos
olhando o céu nublado do meu quarto,
respiro silente e inquieto.
As mãos ainda a voar no som
do piano ou de uma guitarra talvez.
A fénix arde lentamente
ao fundo da minha cabeça.
Silente, inquieto,  respiro.   

1 comentário:

Anónimo disse...

e eu respiro os teus versos e deixo-me viver feliz!

mamy