terça-feira, 11 de março de 2008

A chuva dos dias

Os dias comem os dias.
Anda mexe-te.
Vai para ali, vem para aqui.
Come,bebe, respira, vive,
escreve, estuda, escravo,
faz, trabalha, atravessa está verde,
dois minutos, João de Deus
sete minutos, Carolina Michaelis
Quem?

Luzes que passam sobre a tua cabeça
que passam ao lado do teu ombro
a cabeça encostada no ombro
corre! desce! sobe! morre!
Próxima paragem, última paragem
ementa para quarta-feira 12 de março
Celi na brasa com reboliço
horário, de trabalho, de estudo

Sono
Acordas na tarde, na noite
e de manha cedo
adormeces
hoje pouco
amanha nada
depois pouco
dormes cedo
cedo demais

Dormes no autocarro
pi-pi-pi-pi
as portas fecham-se
os olhos fecham-se
a mente fecha-se
pi-pi-pi-pi
paragens
paragem
não pares

o sol nasce
e põe-se
tu nasces e nasces e nasces
só te pões no fim
ainda é cedo
acorda
Levanta-te
anda

acorda

Descança
Deixa cair o sono
Afaga-me o cabelo
Quero dormir
Sonhos
Sonhos quentes de verão

1 comentário:

styska disse...

cansa. os dias correm tanto que às vezes parece que nem damos por eles. a vantagem é q qd deres por isso o verão vai estar aqui e os sonhos vão-se tornar realidade. e vais voltar a respirar, a suspirar... até voltares a correr outra x.
a chuva destes dias tem-me sabido bem. e deixar cair o sono tb.