Há um preto, um azul
há um escuro a sul
Há um estertor
aterrorizante, de dor
Um anuncio de morte
há um vermelho, um corte
Dança de sapatos lacados
os peitos num corpete, apertados
A saia grande ondula larga
a barriga vê-se amarela, amarga
O cabelo ao vento, verde
a boca de branco, cheia de sede
Tem um olhar assassino nos olhos
mil facas escondidas nos folhos
Tem as unhas pintadas de roxo
no ombro pendura-se um mocho
e da boca sai-lhe a voz que lembra o fim
e numa linguagem podre diz assim:
"Aqui ninguém vive, nem sente
aqui ninguém fala nem mente
ninguém sorri, ninguém ri nem chora
aqui ninguem dorme, come ou mora
aqui o vento não chega nem vai
e a morte daqui não sai!"
4 comentários:
quem és tu? de onde vêm todas estas palavras? como as (re)arranjas? como as moldas? como?
a cadeira... a cadeira das quintas feiras é tua. disso todos sabemos.
"Aqui ninguém vive, nem sente
aqui ninguém fala nem mente
ninguém sorri, ninguém ri nem chora
aqui ninguem dorme, come ou mora
aqui o vento não chega nem vai
e a morte daqui não sai!"
apesar de dizeres que é podre... não deixa de ser de uma podridão bastante apelativa... mesmo!
Adorei! Adorei muito esta parte
"Aqui ninguém vive, nem sente
aqui ninguém fala nem mente
ninguém sorri, ninguém ri nem chora
aqui ninguem dorme, come ou mora
aqui o vento não chega nem vai
e a morte daqui não sai!"
oh rapaz, kd vais tu parar de me surpreender?é k eu pareço uma idiotinha k so sabe dixer adorei, lindo, espectacular...é k ja n tenho palavras!!
Se ser poeta é ser mais alto, tu tens aí uns... cinco metros! (e meio)
Fabuloso!!!
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