Do meu esforço
Custa mas eu tento
o nó no pescoço
o tremer lento
Apago a face
corto os dedos
espero que passe
não penso nos medos
Engulo nada
Busco o sorriso
a voz quebrada
o rosto liso
Vou conseguir
pintar-me de branco
não parar de sorrir
ver só o encanto
Não tremo mais
respiro outra vez.
terça-feira, 27 de março de 2007
sexta-feira, 23 de março de 2007
Enche-me
De abraços e beijos
de felicidade e alegria
dos meus caprichos e desejos
de brincadeiras e fantasia
De olhares e sorrisos
de festas e carinhos
de dedos indecisos
e mãos que dão miminhos
De amizade e amor
Enche-me aqui e agora
de ti e do teu calor
Enche-me sem demora
do teu cheiro, do teu suor
Enche-me dentro e fora.
de felicidade e alegria
dos meus caprichos e desejos
de brincadeiras e fantasia
De olhares e sorrisos
de festas e carinhos
de dedos indecisos
e mãos que dão miminhos
De amizade e amor
Enche-me aqui e agora
de ti e do teu calor
Enche-me sem demora
do teu cheiro, do teu suor
Enche-me dentro e fora.
quinta-feira, 22 de março de 2007
Som
Roda sob o tecto
Rasga-se, rasga-se
o ruído redondo
parece que está perto
rompe-se, rompe-se
e desliza até ao fundo
Um tambor incerto
ouve-se, ouve-se
e dura só um segundo
ribomba grave e secreto
teme-se, teme-se
como um respirar profundo
Um agudo inquieto
estala-se, estala-se
contra o mundo
um ruido completo
cala-se, cala-se
num silêncio fecundo
Rasga-se, rasga-se
o ruído redondo
parece que está perto
rompe-se, rompe-se
e desliza até ao fundo
Um tambor incerto
ouve-se, ouve-se
e dura só um segundo
ribomba grave e secreto
teme-se, teme-se
como um respirar profundo
Um agudo inquieto
estala-se, estala-se
contra o mundo
um ruido completo
cala-se, cala-se
num silêncio fecundo
terça-feira, 20 de março de 2007
Morte Colorida
Há um preto, um azul
há um escuro a sul
Há um estertor
aterrorizante, de dor
Um anuncio de morte
há um vermelho, um corte
Dança de sapatos lacados
os peitos num corpete, apertados
A saia grande ondula larga
a barriga vê-se amarela, amarga
O cabelo ao vento, verde
a boca de branco, cheia de sede
Tem um olhar assassino nos olhos
mil facas escondidas nos folhos
Tem as unhas pintadas de roxo
no ombro pendura-se um mocho
e da boca sai-lhe a voz que lembra o fim
e numa linguagem podre diz assim:
"Aqui ninguém vive, nem sente
aqui ninguém fala nem mente
ninguém sorri, ninguém ri nem chora
aqui ninguem dorme, come ou mora
aqui o vento não chega nem vai
e a morte daqui não sai!"
há um escuro a sul
Há um estertor
aterrorizante, de dor
Um anuncio de morte
há um vermelho, um corte
Dança de sapatos lacados
os peitos num corpete, apertados
A saia grande ondula larga
a barriga vê-se amarela, amarga
O cabelo ao vento, verde
a boca de branco, cheia de sede
Tem um olhar assassino nos olhos
mil facas escondidas nos folhos
Tem as unhas pintadas de roxo
no ombro pendura-se um mocho
e da boca sai-lhe a voz que lembra o fim
e numa linguagem podre diz assim:
"Aqui ninguém vive, nem sente
aqui ninguém fala nem mente
ninguém sorri, ninguém ri nem chora
aqui ninguem dorme, come ou mora
aqui o vento não chega nem vai
e a morte daqui não sai!"
domingo, 18 de março de 2007
Rasga-me
Lágrimas,
negras como corvos
dedos tremem,
como ramos nus ao vento
culpa, em
labaredas chega à garganta
dor, alimenta a fogueira
que me queima o peito
negras como corvos
dedos tremem,
como ramos nus ao vento
culpa, em
labaredas chega à garganta
dor, alimenta a fogueira
que me queima o peito
terça-feira, 13 de março de 2007
Poesia Primavera
Cheira a um novo dia,
Aquele que te anuncia
Cheira a calor e ao teu amor
Cheira à gota de suor
Que escorre do teu pescoço
Cheira a Março
A Abril e a Maio
Cheira ao voo de um papagaio
Levado pelo vento
Cheira a cimento
Lavado pela chuva
Cheira a relva
enxuta pelo sol
Cheira a flores,
cheira a mil cores,
cheira a verde e a vermelho,
cheira a joaninhas e abelhas
Cheira a andorinhas e pardais
empoleirados em estendais
Cheira a florestas
e borboletas
cheira a jardins
de orquideas e jasmins
Cheira ao castanho dos teus cabelos
cheira a casinhas de cogumelos
cheira a sandálias e corsários
cheira ao som de fontanários
Cheira a saias rodadas
cheira a duendes e fadas
Cheira aos teus beijos
cheira a espreguiçar e a bocejos
Cheira a tudo
Cheira a ti
Aquele que te anuncia
Cheira a calor e ao teu amor
Cheira à gota de suor
Que escorre do teu pescoço
Cheira a Março
A Abril e a Maio
Cheira ao voo de um papagaio
Levado pelo vento
Cheira a cimento
Lavado pela chuva
Cheira a relva
enxuta pelo sol
Cheira a flores,
cheira a mil cores,
cheira a verde e a vermelho,
cheira a joaninhas e abelhas
Cheira a andorinhas e pardais
empoleirados em estendais
Cheira a florestas
e borboletas
cheira a jardins
de orquideas e jasmins
Cheira ao castanho dos teus cabelos
cheira a casinhas de cogumelos
cheira a sandálias e corsários
cheira ao som de fontanários
Cheira a saias rodadas
cheira a duendes e fadas
Cheira aos teus beijos
cheira a espreguiçar e a bocejos
Cheira a tudo
Cheira a ti
segunda-feira, 12 de março de 2007
Oração
Que a tua pele encerre sempre os meus lábios.
Que o teu olhar guarde sempre o meu reflexo.
Que a minha mão te traga sempre a meu lado.
Que o meu calor te seja sempre preciso.
Que a tua boca me sussurre sempre carinho.
Que o teu peito grite sempre por mim.
Que a minha lágrima seja sempre da tua felicidade.
Que o meu beijo seja sempre o teu acordar.
Que a tua vida me traga sempre na preocupação.
Que o teu peito grite sempre o meu amor.
Amen
Que o teu olhar guarde sempre o meu reflexo.
Que a minha mão te traga sempre a meu lado.
Que o meu calor te seja sempre preciso.
Que a tua boca me sussurre sempre carinho.
Que o teu peito grite sempre por mim.
Que a minha lágrima seja sempre da tua felicidade.
Que o meu beijo seja sempre o teu acordar.
Que a tua vida me traga sempre na preocupação.
Que o teu peito grite sempre o meu amor.
Amen
quinta-feira, 8 de março de 2007
Soneto de Saudade
Precisava só do teu olhar
que me batesses um qualquer defeito
da tua mão a aquecer-me o peito
do teu cheiro a guiar o meu andar.
Precisava só de voar
alcançar-te de qualquer jeito
tirar da frase o sujeito
e ser amor em vez de o falar
Quero-te já mil abraços
quero ter os teus olhos sábios
a mostrarem-me o que perdi
Rodopiar-te nos meus braços,
sentir o sabor dos teus lábios,
largar-me todo em ti.
que me batesses um qualquer defeito
da tua mão a aquecer-me o peito
do teu cheiro a guiar o meu andar.
Precisava só de voar
alcançar-te de qualquer jeito
tirar da frase o sujeito
e ser amor em vez de o falar
Quero-te já mil abraços
quero ter os teus olhos sábios
a mostrarem-me o que perdi
Rodopiar-te nos meus braços,
sentir o sabor dos teus lábios,
largar-me todo em ti.
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